segunda-feira, 16 de março de 2009

Mestre

Masters Nikon'09

Já está! Após 5 anos de estudo, perdão, trabalho - sim que aqui para estes lados trabalha-se mais que se estuda - cheguei a um patamar que não é para todos; ser Mestre!!
Sim ouviram bem, Mestre! E não pensem que é só mais um título para ter no curriculum, ou que é um pretexto para ir estudar fora, nada disso! Ser Mestre é tudo isso e muito mais. É saber que cada vez menos te questionam, que todos as tuas acções, por parvas que pareçam, têm um sentido, e se os demais não perceberem a culpa é deles serem inferiores, ou seja, ser Mestre é ter o reconhecimento devido. Se não reparemos neste exemplo.
Caixa do IKEA, verde código verde, e depois aparece a seguinte mensagem no monitor:

Espere um momento, por favor
Maestro


Tuga Masters  a.k.a  Next Door Neihgbours

Mas, com este novo título, o de Mestre - para quem ainda não se tenha apercebido - vêm também novas responsabilidades.
Acabou a vida de estudante. A boa vida! Começa a pressão, que só um Mestre consegue aguentar, de arranjar trabalho em época tão complicada. Mas este Mestre vai bem preparado! Neste último ano aprendeu que tudo está a mudar. O futuro, meus amigos, já não é o que era! E que apesar dum cenário tão negro e inconstante, temos as armas nas nossas mão para triunfar.
O futuro é o que fazes dele!

(Reparem a quantidade de belas frases que disse. Dignas de Mestre! Mas como bom Mestre que sou, sei que um Mestre tem que ser modesto, e por isso vou para de me referir como Mestre. Mas vocês estão à vontade para o fazer.)

Masters Reset

Mas ha coisas que nem um Mestre está preparado. Para as despedidas.
Quando estás numa cidade que não é a tua, os amigos que fazes, não são simples amigos, são uma família. E durante um ano fazem parte da tua vida. São eles que te ensinam, que te fazem rir, com quem partilhas os teus momentos. E no final de um grande ano, que passa a correr, chega a altura de irem. De nos separarmos.
Arranjamos vários pretextos para passar os últimos momentos juntos, numa contagem decrescente agoniante. Passamos esses últimos momentos com um nó na garganta, esperando que aquilo nunca mais acabe. Mas acaba.

E é aí que chegam as despedidas. Com um abraço interminável, onde se trocam, aos ouvidos, juras e promessas de que não vamos perder o contacto, e aquele maldito nó na garganta aperta ainda mais. Separamos-nos do abraço com os olhos brilhantes, para de seguida cair noutro. E a cena repete-se uma e outra vez. E enquanto estamos aí, pensamos na velha máxima: 'o mundo é pequeno', e que um dia,  quando menos esperares, voltemos a encontrar-nos. E despeço-me, não com um doloroso 'Adeus', mas com esperançado:

Nos vemos por ahi.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Emigrante

Faz hoje exactamente um ano que chegamos a Barcelona.